Leitoras com Swag

Hey garotas, beliebers ou não beliebers. Só estava faltando você aqui! Nesse blog, eu, Isabelle, faço IMAGINE BELIEBERS/ FANFICS. Desde o começo venho avisar que não terá partes hots nas Fics, em nenhuma. Repito, eu faço 'Imagine Belieber' não Imagine belieber Hot. A opinião da autora - Eu, Isabelle - não será mudada. Ficarei grata se vocês conversarem comigo e todas são bem vindas aqui no blog. Deixem o twitter pra eu poder seguir vocês e mais. Aqui a retardatice e a loucura é comum, então não liguem. Entrem e façam a festa.
" O amor não vem de beijos quentes. Nem de amassos apertados. Ele vem das pequenas e carinhosas atitudes."- Deixa Acontecer Naturalmente Facebook.
Lembrem-se disso. Boa leitura :)

Com amor, Isabelle.

sexta-feira, 30 de setembro de 2016

One life 22

O fogo me cercava por todos os lados, avisando que não havia para onde correr. Tentei gritar, minha voz não saía. Todos que eu conhecia estavam atrás das chamas, bebendo champanhe, brindando alguma coisa. Identifiquei Justin logo ao lado do meu pai, seu sorriso reluzia no rosto.
Por que eles não me viam?!
Balancei os braços acima da cabeça, esperando que me olhassem. Foi um alívio quando os olhos de Justin captaram o movimento, mas sua reação não foi a que eu esperava. Ele levantou a taça na minha direção, alargando o sorriso. Todos o imitaram, igualmente felizes.
Percebi aos poucos, eles celebravam minha morte.
Levantei estabanada na cama, meus olhos úmidos, a respiração ofegante. Maldito subconsciente.
– Tudo bem, foi só um pesadelo – a voz suave no meio da escuridão procurava me acalmar, mas apenas acelerou meu coração por ser inesperada.
Aos poucos assimilei o timbre à pessoa o procurei pelo quarto com os olhos confusos.
– Justin?
Senti sua mão segurar a minha, denunciando seu posto na poltrona ao lado da cama.
Conforme meus olhos se acostumavam, enxerguei seu sorrisinho presunçoso, reparando na camisa social branca surrada que usava, as mangas puxadas até o cotovelo. Ele transparecia cansaço.
– O que está fazendo aqui? Que horas são? – perguntei desnorteada. Estava sonâmbula? Imaginando coisas?
– Não queria te deixar sozinha. Deve ser umas duas e meia.
Franzi a testa, ainda sem compreender. Eu estava grogue, então nem formular uma pergunta lógica conseguia. Podia muito bem estar delirante. Delírio ou não, sua presença me fazia bem.
– Você sumiu do hospital – me queixei, deitando novamente na cama, derrubada pela sonolência. Puxei sua mão contra o meu peito, envolvendo com minhas duas palmas.
– Tinha umas questões para resolver. Achei que você estava em boas mãos.
Fiz careta para ele, discordando.
– Quem foi que me tirou do fogo? Você. Então parece que é a melhor pessoa para cuidar de mim – argumentei.
Ele deu uma risadinha estranha, com os olhos no colchão.
– Você me superestima, Faith. Eu sou uma péssima companhia para você.
– Cala a boca. Eu gosto de você.
Essa revelação fez com que ele me olhasse cético.
– De zero a dez, qual seu nível de consciência nesse momento?
– Menos um – confessei – Mas isso não quer dizer que eu estou mentindo.
Sua testa se enrugou de insatisfação.
– Não acho que esteja mentindo.
Rolei para o lado, batendo no colchão para que ali se deitasse.
– Quero olhar direito seus olhos.
A desconfiança em seu rosto foi imediata, me fazendo revirar os olhos.
– Justin Bieber, isso é uma ordem.
Ele riu.
– Tudo bem.
Ainda com receio, Justin se deitou a minha frente, tirando os sapatos e cruzando os braços a uma pessoa de distância de mim.
– Por que se incomoda se não acha que estou mentindo? Você não gosta de mim? – perguntei baixo, temendo que a resposta viesse como um tsunami.
Ele encarou meu rosto durante um tempo longo e pensei que não fosse responder. Talvez estivesse esperando que eu dormisse. Até que sua mão se estendeu até meu rosto, acariciando minha bochecha, seus olhos assumiram aquela intensidade que ia e voltava quando ele me olhava, perdido em seus pensamentos mais secretos.
– Você acha que vai se lembrar disto pela manhã? – sussurrou.
Eu não tinha como saber, principalmente neste momento em que meu cérebro estava todo confuso. De qualquer forma, ele não me esperou respondeu, aproximando-se de mim e olhando cada parte do meu rosto, como se quisesse guardar na memória. Mesmo que estivesse um pouco lesada, sua proximidade me afetava, me tirando o ar. Eu não achava possível me acostumar com sua beleza.
– Ah, Faith. Esse é justamente o problema, eu gosto de você, e não é pouco. Isso vai acabar destruindo nós dois – ele forçou as palavras a saírem de seus lábios, como se confessasse não apenas para mim, mas para si mesmo, um dos maiores erros de sua vida.
– Não me importo em ser destruída – me submeti ao seu querer, entorpecida com sua presença.
Ele mordeu a boca, olhando através de mim.
– Isso só torna as coisas mais difíceis.
Arrastei-me para mais perto, sentindo que ele era meu imã particular, bagunçando todo o meu ser, criando caos em minhas faculdades mentais.
Apoiei uma mão em seu peito e entrelacei a outra com a sua, desejando o máximo de proximidade que ele podia me dar.
– Difícil ou não, chegamos a esse ponto juntos, só nos resta decidir até onde podemos ir.
Justin travou o maxilar, esforçando-se para conter seus impulsos, os quais eu não fazia ideia do que eram até identificar uma faísca de desejo em seus olhos. Por algum motivo extraordinário ele gostava de mim, por pura lógica eu gostava dele, era matemática básica, eu não entendia por que ele queria resolver por uma equação complicada; mas naquele momento não importava, naquele momento éramos apenas Faith e Justin, éramos coração e respiração desregulados, estávamos em nossa sintonia caótica.
Sua mão desceu decidida para o meu quadril, puxando contra o seu, diminuindo qualquer tipo de distância entre nós. Perdi completamente o sono enquanto ele se inclinava para a minha boca, iniciando um beijo urgente. Se nossa mente não sabia lidar com a complexidade de sentimentos dentro de nós, nosso corpo fazia questão de assumir o controle, numa linguagem inconfundível de reciprocidade.
Ele me puxava cada vez mais perto, amolecendo todos os meus ossos, mordendo minha boca nas mínimas distância que tomava para respirar. Seu toque firme se direcionou para minha perna e entrei em jubilo por Eleanor ter me cedido seu pijama curto, sentindo cada mísero pelo em minha pele se arrepiar.
Não era um bom momento para sair do controle.
Minha mão passeou por seu corpo, nos braços, pescoço, costas, e onde quer que sua pele estivesse exposta, queimava sob meus dedos.
Ele afastou a boca da minha, descendo seus beijos até meu ombro, e meu corpo literalmente entrou em colapso. Sua mão se agarrou em minha nuca e ele passou a ponta do nariz num caminho até meu ouvido.
– Você não entende o quanto eu quero você. Talvez mais do que já quis qualquer coisa na vida – sua voz incisiva entrecortada triplicou as borboletas em minha barriga, tornando mais escasso meu ar.
Ele espalmou minhas costas, dando ênfase ao que dizia, tomando mais uma vez meus lábios nos seus. O resultado que isso gerou em mim foi inesperado, tudo o que eu queria era ter mais contato com sua pele. Inconscientemente, meus dedos voaram para os botões de sua camisa, desabotoando.
Faith Evans, o que é isso?!
Não consegui me impedir, e ele muito menos o fez. Quando me dei conta, sua camisa já estava aberta e minha mão corria livre por seu tórax nu, me tirando ainda mais de mim, era até melhor do que eu imaginava. Deixei a mão direita se divertir por ali e passei a esquerda para as costas. Seu coração palpitava sob a palma da minha mão e ele puxou meu lábio, se afastando, enrijecendo junto a mim.
Mesmo temendo perder aqueles minutos no paraíso, abri os olhos, sentindo que havia alguma coisa errada. Ele estava ainda de olhos fechados, concentrado em sua respiração forte, os lábios apertados. Quase choraminguei ao perceber que seu momento de entrega havia acabado, eu estava longe de me dar por satisfeita.
Tive que convencer a mim mesma a importância de respeitar seu espaço para que não o agarrasse novamente. Era um teste e tanto de autocontrole. De qualquer maneira, já me fazia feliz analisar seus traços perfeitinhos de perto, eu era privilegiada e deveria reconhecer isso. Aproveitando sua distração, finalmente olhei seu tórax livre de qualquer tecido – quantas vezes eu imaginei esse momento? Não deveria me impressionar que fosse definido.
Ele demorou a abrir os olhos, lentamente tirando suas mãos de mim e recolhendo cada partícula de anseio do sua face. Direcionei minhas mãos lentamente para seu rosto, recusando-me a soltá-lo.
Quando ele me olhou, seu domínio sobre as emoções já havia retornado, trazendo aquela falsa serenidade. 
Não pude suportar o silêncio:
– Posso te beijar de novo?
Ele riu, achando graça da minha cara de criança.
– É brincadeira. A não ser que você queira – acrescentei.
Seus olhos reviraram.
– Não se mexa – me alertou.
Parei até mesmo de respirar enquanto ele se inclinava e me dava o mais leve dos beijos.
Dei um sorriso quando ele se afastou.
– Obrigada.
– De nada. Penso que agora você deveria dormir. Venha aqui.
Ele me envolveu em seus braços, me deitando em seu peito. Sua cabeça se apoiou na minha ternamente. Senti como se nada pudesse me fazer mal enquanto estivesse ali, nem mesmo o fogo poderia me queimar.
– Justin?
– Hm?
Aconcheguei-me nele, desfrutando do contato com sua pele.
– Obrigada por tudo.
Não ouvi sua resposta, não esperava mesmo uma. Fechei os olhos sentindo aquela alegria estranha tomar conta de mim e pensei que não conseguiria voltar a dormir, mas em algum momento ele começou a acariciar minhas costas e cantarolar uma música que se não era Enchanted se parecia muito com ela.
– É uma vida injusta, já te disseram? O que você mais quer é o que não pode ter – foi o que pensei ter o ouvido dizer antes que fosse levada para o vale dos sonhos, que nunca ganharia do momento presente.
                                                                         ♥♥♥♥
– Por que você está tão feliz hoje? – Hanna perguntou com desconfiança enquanto entrávamos na próxima loja.
Depois de ir à igreja com meus pais pela manhã, Hanna e eu nos arrastamos imediatamente para o shopping. Eu até que estava animada para comprar todas as roupas de novo, embora minha mãe lamentasse termos perdido algumas roupas importadas, era mesmo triste, mas renovar o guarda roupa era revigorador.
– Você não gosta de fazer compras? É sempre emocionante – quase cantarolei.
– Não para você, não sempre. Vai me contar ou não?
Fingi pensar, provocando. Ela me deu um tapa por isso.
– Faith Evans! – seu grito ecoou pelo corredor e algumas pessoas se viraram para nos olhar.
Eu ri, acostumada com a atenção que geralmente atraíamos por sermos tão escandalosas.
– Tudo bem. Eu tive um sonho magnífico que não sai da minha cabeça e foi tão real... Poderia ser real? – eu estava nas nuvens sem nenhuma pressa de descer.
Ela deu uma risadinha, já criando hipóteses em sua cabecinha fértil.
– Se for para maiores de dezoito anos não quero saber! Mentira. Quero detalhes – sua sobrancelha levantou sugestivamente.
Foi minha vez de bater nela e rir.
– Não chegou a esse ponto, idiota – falei mais baixo, de repente me lembrando de Willian, meu segurança, atrás de mim. Bryan insistira que eu o trouxesse embora ainda não me explicasse sobre a necessidade de um.
– Não chegou? Então quer dizer que foi quente... E deixa-me adivinhar, com o Bieber?
O pior era que eu nem podia me defender.
– Pode-se dizer que sim.
Hanna gargalhou de empolgação e achou graça do meu constrangimento.
– O que aconteceu nele?
– Bom, eu acordei de um pesadelo e ele estava lá olhando para mim, conversamos um pouco e eu acabei falando que gostava dele e convidando-o para deitar-se comigo... – os olhos dela saltaram da órbita, me desestimulando.
– Continua que a coisa está ficando boa!
Dei risada, sem jeito.
– E aí ele disse que também gostava de mim, mas isso era um problema. Essa parte não entendi muito bem. Então a gente se beijou. Foi bem legal – eu perdia o ar só de lembrar aquele beijo, estava pensando se conseguiria concretizá-lo na vida real.
– Suponho que não foi um beijo calmo, ainda mais ele estando na sua cama – seu sorriso malicioso cresceu.
– Na verdade, eu tirei a camisa dele.
Ela gargalhou outra vez, pasma.
– Você?! Com certeza esse sonho foi uma viagem e tanto.
– E eu dormi no peito dele. Posso até sentir como foi. Se o bom senso não estivesse em mim, eu juraria de pé junto que foi real.
– Agora só falta coloca-lo em prática. Você devia contar pra ele. Tenho poucas duvidas de que ele mesmo faria questão de torná-lo real.
Nós rimos, mas já estava suficiente a atenção toda em mim, por isso enquanto pegava uma camiseta rosa bebê em uma das araras para olhar melhor, perguntei despreocupada:
– E como andam as coisas com o Wren?
Ela virou as costas imediatamente, de repente interessada nas calças.
– Ah... Você sabe. Olha, essa ficaria perfeita em você! – se eu não a conhecesse tão bem, não perceberia seu intuito de desconversar.
– Hanna – parei o que estava fazendo só para encará-la.
Ela demorou um pouco para aceitar que havia sido pega, mas virou-se para mim com frustração.
– Pode começar. Você surtou pra eu te contar um sonho, creio que com fatos devemos ser essencialmente honestas.
Sua linguagem corporal demonstrava derrota e ela suspirou antes de pegar uma calça na mão, evitando meus olhos.
– O que você me diria se eu dissesse que hipoteticamente perdi o interesse nele? – indagou receosa.
Levantei as sobrancelhas, incrédula. Era uma espécie de brincadeira?!
Por não aguentar meu silêncio, seus olhos azuis averiguaram minha reação.
– O que foi que você bebeu desta vez?!
Ela encolheu os ombros, culpada.
– Desculpa! Mas a gente não combina, ele é completamente diferente de mim e às vezes sinto como se julgasse meus pensamentos – queixou-se.
– Hanna, eu sou diferente de você e nem por isso deixamos de ser amigas. Além do mais, Wren nunca te julgaria.
– Aí é que está, somos amigas, não namoradas. Ele só... Não deu certo. Não sei.
Respirei fundo, controlando o estresse.
– Já falou com ele sobre isso?
– Não, estou com medo de partir seu coração.
– Ele te apresentou para a família, é claro que vai partir o coração. Eu te disse para não ir rápido demais! Wren é sensível.
Eu estava furiosa, deveria ter previsto essa. Hanna nunca sossegava com um garoto, por que com ele seria diferente? De certa forma, me senti responsável e detestei a sensação. Wren merecia todo o amor do mundo. Não era justo.
– Desculpa, mas não posso me obrigar a gostar dele – ela estava acuada, na defensiva.
Meus pais me matariam se os Peters pegassem raiva de nós pelo coração partido do filho, já que eu fiz questão de envolver o nome dos Evans. Parabéns, Faith.
– Claro, mas arrume coragem de contar a ele, e não ouse respirar perto do seu próximo alvo antes que as coisas estejam totalmente acabadas.
Ela fechou a cara para mim.
– Quem você está pensando que eu sou? Não quero magoá-lo.
– Sei muito bem quem você é. Agora, se me dá licença, tenho que ir embora. Nicole e Jean chegarão a qualquer momento. Obrigada pela companhia – forcei um sorriso e virei as costas, deixando sua expressão indignada atrás de mim.
Wren e eu poderíamos não conversar muito, mas sempre o considerei como membro da família, por crescermos juntos. Caleb e ele me distraiam de toda a futilidade das festas. Cuidávamos uns dos outros. E agora onde eu o tinha metido?
Meus passos de frustração eram rápidos, visto que por um momento me esqueci da companhia de Willian, lembrando apenas quando o mesmo se manifestou:
– Está tudo bem, senhorita?
Diminuí o ritmo, esboçando um sorrisinho para ele.
– Claro.
Etienne nos esperava no local combinado, foleando um jornal distraidamente. Eu não sabia como aguentava o emprego, era um saco.
– Conseguiu o que queria menina? Pensei que demoraria mais – ele se apressou para abrir a porta do carro assim que ouviu nossa aproximação.
– Foi bem produtivo. Eles vão entregar em casa.
– Que boa notícia! Também tenho uma, Jean e Nicole chegaram à sua casa, estão te esperando.
Eu tinha acabado de brigar com Hanna e teria que lidar com Nicole, que maravilha!
Era tentadora a ideia de pedir a Willian para ir à frente e alegar que eu estava passando mal para que eu pudesse ir direto ao quarto descansar. Fiz o sinal da cruz antes de abrir a porta de casa e entrei de mansinho, ouvindo a conversa entusiasmada na sala.
– Ela chegou! Nossa Angel! – a saudação forçada na voz aguda de Nicole não poderia ser um bom presságio.
Mal tive tempo de me voltar para a sala e seus braços já me esmagavam contra ela.
– Nick, quanto tempo! – retribuí o abraço como um claro pedido de paz.
Ela afastou o rosto para me ver e fiz o mesmo. Seu cabelo encaracolado estava bem moldado em seu penteado black power, a pele e os olhos escuros combinavam com o vestido longo e preto que ela usava. Nick transbordava autoconfiança de uma forma bem intimidadora.
– E não é que a experiência quase morte te favoreceu? Você está brilhando ainda mais, querida – o sorriso tão caloroso me dava dúvidas de sua sinceridade.
– Que escolha de palavras horrível, Nick. Faith, que saudade! – Jean empurrou a irmã para o lado, me puxando para um abraço.
Eles eram gêmeos, mas graças a Deus os gênios eram um grande diferencial.
– Jean! – dele eu tinha saudade.
– Nos conte sobre o desespero que sentiu! Não posso nem imaginar como foi! – ela perguntou curiosa assim que me afastei dele.
- Nicole – Flê repreendeu, sentada no sofá da sala com uma xícara na mão. Seu cabelo estava trançado, a expressão reluzia. Ver os filhos sempre fazia um bem extraordinário para Flê, ainda mais depois do estresse do dia anterior. Ela me enchera de comida desde a hora que eu chegara do hospital, sempre atenciosa.
Raul estava ao seu lado, os olhos igualmente repreensivos para a filha, mas sem tirar aquele brilho de adoração que ambos tinham por ela.
– Quero apenas saber as novidades. Conte-me os detalhes de sua exposição de quadros então! – ela enlaçou o braço no meu, me puxando para a sala para que eu participasse da reunião.
Eleanor e Bryan estavam no sofá à frente com sorrisos hospitaleiros, até mesmo Caleb e Cassie partilhavam do momento.
– Foi um evento formidável – falei com o máximo de entusiasmo que podia me soltando dela para abraçar minha cunhada.
– Faith, não seja egoísta, compartilhe detalhes! – ela exigiu, sentando-se ao lado da mãe com a expressão ansiosa.
– Ela só não está querendo se gabar, mas foi tão bem que vendeu um quadro! – Eleanor se intrometeu, orgulhosa.
– Mas só um? – Nick pareceu confusa, quase não dava para perceber que questionava minha competência.
Contive a vontade de choramingar, eu não estava num bom dia para os joguinhos dela.
– Não era uma noite de vendas – esclareci, fingindo um sorriso.
– Então por que vendeu? – e a crítica continuava em sua voz.
– O comprador foi bem persuasivo.
Se não fosse Bieber a fazer uma oferta pelo quadro, eu teria realmente vendido? Essa era uma pergunta que eu nunca saberia responder.
– Então foi um homem? – a malícia ficou explícita em seus olhos, e ela levou um beliscão de Flê por isso.
Mas claro que minha mãe contribuiria para esta conversa agradável.
– Foi O homem, Nick. Você precisava ver que complexidade de qualidades em uma pessoa só! Inclusive, este foi o que eu disse que a salvou.
Nicole enrolou um cacho no dedo, os olhos arregalando-se de interesse no assunto.
– Não me diga. São namorados?
Todos os olhos da sala pararam em um rosto, esta era uma questão de interesse público ao que parecia, independentemente do nível de conhecimento de cada um sobre o assunto.
Contive o máximo que pude o calor que ameaçou subir para o meu rosto, temendo entregar-me.
– Não – neguei rápido – Somos apenas amigos.
Vi Caleb abaixar a cabeça para esconder o sorrisinho. Com sagacidade, Nick captou o movimento, tomando nota mental.
– Claro, falando em amigos, como está Hanna?
Era um assunto melhor que o outro.
Namorando um dos meus amigos de infância, mas prestes a partir o coração dele e provavelmente nossa moral com os Peters.
Tomei ar para responder quando a campainha tocou.
– Senhorita Evans, é para você – Willian avisou, dando espaço para que a visita entrasse.
Eu sempre ficava feliz ao ver seu rosto, mas Justin era última pessoa que eu queria ver naquela sala naquele momento exibindo o sorriso que desconcertava qualquer alma viva.
- Boa tarde – ele nos saudou, abaixando um pouco a cabeça.
Não foi nada reconfortante ver o queixo de Nick cair e seus olhos estupefatos voarem sobre mim.
- Wow.

terça-feira, 27 de setembro de 2016

One Life 21

Ouvi várias coisas ao mesmo tempo, distantes, confusas. Eu estava instável, numa travessia desconhecida, me deu a impressão de que minha alma se dirigia ao purgatório. No começo foi solitário, esporadicamente barulhento, um anjo resmungava – será que era um anjo do inferno? – uma gritaria e um silêncio absoluto, assim permanecendo até um bip surgir do além no pé do meu ouvido.
A irritação conseguiu me recobrar a consciência, e com algum esforço abri os olhos. A boa noticia é que eu estava viva, a ruim é que estava no hospital. O quarto branco inconfundível se iluminava pelo sol, e por isso demorei a me acostumar com a claridade, não conseguindo ver um palmo a minha frente.
– Faith? – a voz ansiosa vinha do meu lado direito.
Segui o som, e após piscar algumas vezes vi a silhueta de Justin bem ao lado da cama. Saber que ele estava ali trouxe uma paz intensa no coração, finalmente me aliviando de toda a tensão. Senti um sorriso se abrindo em meu rosto e alcancei sua mão para segurá-la na minha.
– Justin – murmurei extasiada.
Todo seu rosto se contorcia de angustia. Isso me alarmou, então inspecionei meu corpo a procura de alguma queimadura grave. Não havia nada além de uma agulha em meu braço – provavelmente para injetar soro – e uma inaladora em meu rosto.
– Como se sente? – ele afagou minha mão com o dedão.
– Bem – respondi com a testa franzida, a inaladora me sufocava e agulhas não eram meu forte. Para ajudar, as memórias voltavam lentamente para minha cabeça, não me deixando esquecer o desespero da ideia de morrer queimada.
– Sua mãe está lá fora, vou chama-la.
Segurei forte sua mão, implorando que não me deixasse. Eu não queria ficar sozinha, não depois de passar por todo aquele tormento sem ninguém.
– Fica.
Ele torceu a boca, pensando.
– Como eu saí de lá? – minha voz ficava abafada com o inalador, então fiz menção de tirar. Ele segurou minha mão para que eu não fizesse.
– Você fica quieta, eu falo – barganhou com uma espécie de sorriso, persuadindo.
Concordei, ficando imóvel imediatamente. Ele se aproximou mais, baixando os olhos em nossas mãos unidas, se apoiando na cama e inclinando-se sobre mim.
– Eu resolvi subir para te esperar. Ficar sozinho com aquelas mulheres não estava sendo uma tarefa muito fácil – dei uma risadinha, entendendo o que dizia. Deixá-lo indefeso não era uma boa ideia.
Seus olhos voltaram para mim, refletindo meu sorriso por um momento até que sua fisionomia ficasse seria.
– Eu escutei você chamar meu nome – ele fechou os olhos, lembrando – A ideia de ver você queimando...
Sua expressão se contorceu em dor, a mão se fechando em volta da minha com força. Vê-lo daquela forma esmagou meu coração, me dando a necessidade de tocar seu rosto e diluir tudo o que o perturbava. Estiquei a mão esquerda, passando a ponta dos meus dedos em sua bochecha. Assim ele me olhou com uma intensidade indecifrável, a mão se colocando em cima da minha em seu rosto.
– Perdão... Por não chegar mais cedo... Por não estar lá para você.
Não gostei que se culpasse e neguei com a cabeça. Ele viu minha intenção de falar, então se adiantou:
– Se comporte para sair logo. Você respirou muita fumaça. Mas vai ficar bem. Vai dar tudo certo.
Tive a impressão que as ultimas frases ele repetia mais para si mesmo. Não era justo que assumisse a responsabilidade pelo incidente.
Estava prestes a perguntar se ele sabia o que havia causado o incêndio quando ouvi os gritos de Eleanor fora do quarto.
– Isso não é chá gelado! Para que nós pagamos o hospital se nem chá gelado tem?
Justin franziu a testa e eu ri, dando de ombros. Minha mãe conseguia ser bem fútil quando queria.
A porta se abriu e instantaneamente ele se endireitou, dando dois passos para longe de mim, deixando uma careta em meu rosto.
– Faith! – mamãe exclamou assim que me viu, entrando no quarto depressa.
Abri um sorriso para mostrar que estava bem antes que ela desse um escândalo sobre como o medico não sabia fazer a função dele direito.
Ela pegou meu rosto com as duas mãos.
– Meu amor, como você está? – as ruguinhas de estresse apareceram em sua testa. Embora parecesse egoísta, me satisfez vê-las ali. Eleanor era contra qualquer tipo de acúmulo de pele no corpo, evitava ao máximo as linhas de expressão. Com essa imagem, eu conseguia ver que ainda se preocupava comigo mais do que Louis Vuitton.
– Estou bem. Só quero ir embora – tentei dizer.
Ela deu um sorrisinho de alívio, então passou os olhos por cada parte exposta da minha pele.
– Temi que queimaduras manchassem sua pele, já tinha até ligado para o dermatologista.
Ri, revirando os olhos.
– Graças a Deus não aconteceu nada – então ela se virou, procurando por Justin e estendendo a mão para que se aproximasse. Assim, colocou a mão dele em cima da minha – E ao senhor Bieber, foi ele quem te tirou de lá. Devemos recompensá-lo com muita generosidade. Ainda quis ficar ao seu lado só para se certificar de que estava tudo bem – seu sorriso cresceu, olhando entre nós dois sugestivamente.
Ela não percebia o quanto estava na cara que me jogava para cima dele? Só não era tão constrangedor por já termos alguma experiência juntos.
Ele conteve o riso, me jogando um olhar malicioso quando pensou que ela não olhava.
Apenas concordei com a cabeça, ignorando as mensagens subliminares de ambos para não me comprometer.
– Bom, seu pai e Caleb estão em casa averiguando a causa do incêndio e o medico disse que no máximo até o fim da tarde estará livre para ir. Tentei pegar sua bebida favorita, mas aqui não vendem chá gelado – informou e resmungou.
Com essa fui obrigada a baixar o inalador.
– Mãe, é você quem gosta de chá gelado.
Ela pensou por um momento, confusa.
– Ah, então que bom que não tinha – concluiu e eu ri – Mais uma coisa, Hanna e Wren estão aí fora, eles estavam chegando quando tudo aconteceu. Vou avisá-los que acordou e a imprensa também.
– Imprensa? – me sobressaltei.
Ela me repreendeu com os olhos por minha “falta de senso”.
– Até parece que não sabia que sua vida é de interesse público. Alguém informou a eles sobre o incidente.
Que ótimo.
Eleanor se inclinou me dando um beijo na testa.
– Volto depois.
Justin esperou que a porta se fechasse para me dar um sorriso.
– Estou ansioso para receber minha recompensa. Seu saldo de dívidas está crescendo comigo, senhorita – brincou, pegando minha mão de novo.
– Você merece de qualquer forma, cumprirei com prazer.
Seu sorriso se alargou um pouco e ele divagou.
– Só queria te dizer que conseguiu salvar o livro de registros – ele começou – De tantas coisas que poderia poupar, por que isso? – a duvida era real em seus olhos.
Era certo que Eleanor arriscaria a vida para salvar algumas joias e sapatos, mas eu queria que ele entendesse que éramos diferentes. Deixei meus olhos longes enquanto confessava.
– Eu sei o quanto isso significa para você, consequentemente para mim também.
Ele ficou quieto, então olhei em seu rosto para ver o que pensava. Não era a resposta que ele queria ouvir, percebi pelo incômodo em seus olhos antes que desviasse. Não entendi o que havia dito de errado.
– Tudo bem, vamos desobstruir mais esse pulmão – ele recolocou o inalador em minhas vias respiratórias, atento no aparelho.
Pensei em protestar, mas repentinamente Hanna irrompeu pela porta.
– Faith! – sua saudação era carregada de agonia e ela correu para o meu lado, quase atropelando Justin.
Ele me deu o mínimo dos sorrisos e foi se afastando despercebido, deixando o cômodo.
– Me diz como se sente?! – ela estava histérica de preocupação.
Não era para tanto, muito menos para espantar Justin do quarto.
Dei um sorriso com certo esforço, lembrando que estava só cumprindo com seu papel de amiga.
– Bem e você?
Hanna fez careta para minha pergunta, verificando ela mesma meu estado. Wren se aproximou com cuidado, segurando minha mão ternamente.
– Você nos assustou Faith.
– Menina, espere que eu chegue aos lugares para se colocar em perigo, assim posso te salvar! Se bem que fiquei sabendo quem foi seu herói... – ela levantou as sobrancelhas sugestivamente.
Foi o que bastou para que enaltecesse por minutos aquele que ela expulsara do quarto. Hanna não entendia muito bem que eu não podia conversar livremente, mas tentei dar o mínimo de respostas que eu podia as suas perguntas. Wren ficava ao lado dela como um cão de guarda, pouco colaborativo no assunto, também não era muito possível pelo monopólio da loirinha tagarela.
Eu estava inquieta por não saber onde Justin havia ido, olhando para a porta a cada segundo, esperando que voltasse. Não seria muito agradável ter os três no mesmo lugar, mas eu não queria ficar longe dele. Por isso me animei assim que a porta abriu, só para me decepcionar ao ver o médico entrando.
– E então, como está nossa celebridade? – ele perguntou com um sorrisinho, se aproximando.
Hanna e Wren abriram espaço para que passasse e ele olhou a máquina perto de mim.
– Bem. Quero ir embora.
Eles deram uma risadinha por minha pressa.
– Então posso te dar a notícia boa, mas primeiro preciso que me responda algumas perguntas.
Tirei o inalador prontamente, esperando.
– O que está sentindo?
-–Minha garganta está meio chateada e meu nariz ardendo, mas nada com que eu não possa lidar.
Ele riu pela minha descrição e assentiu.
- Você pode continuar fazendo a inalação em casa, não tem por que te manter aqui. Já passei algumas recomendações para a sua mãe, e contanto que as siga, ficará tudo bem. Então, pode se trocar e ir.
Ele mal havia acabado de falar e eu já pulava da cama, apressada para sair dali. Eu queria trabalhar num hospital, mas ser a paciente não era nada agradável.
– Muito obrigada! – agradeci e ele sorriu.
Assim que ele estava saindo, Eleanor entrava com uma bolsa em mãos e a expressão aliviada.
– Vamos lá, se troque para sairmos.
Peguei a bolsa que estava na mão dela e corri para o banheiro dentro do quarto. Havia uma blusa de chiffon luz azul de manga comprida, uma calça skinny branca e uma sapatilha bege – provavelmente uma roupa nova, já que eu não havia visto isto em meu closet antes e este estava em chamas da ultima vez que eu o vira.
Saí do quarto parcialmente satisfeita.
– Você viu o Justin? – perguntei a Eleanor.
– Não vi, ele não estava com você?
– Nós meio que o expulsamos do quarto – Hanna contou com um pouco de culpa, nos seguindo.
Minha mãe enlaçou o braço no meu, me conduzindo para fora do hospital.
– Depois você entra em contato com ele, não aguento ficar em hospitais.
Não tive oportunidade de me queixar, uma vez aberta a porta havia algumas pessoas com câmeras tentando tirar uma foto e falar comigo. Eu nunca conseguiria entender o que era de tão interessante que eu poderia lhes oferecer. Dois homens bem vestidos imediatamente se colocaram a nossa frente, impedindo a aproximação. Franzi a testa para Eleanor, mas ela não me olhava enquanto me empurrava para que eu entrasse no carro. Sem alternativa, apenas dei um sorriso e um aceno geral.
– Faith! Não sabe o alívio que me dá te ver bem – Etienne sorriu para mim, virando a cabeça e transparecendo seu sincero carinho.
– Obrigada Etienne, também fico aliviada.
Ele deu um sorrisinho e se voltou para frente, acelerando o carro.
Olhei pela janela para ver onde Wren e Hanna estavam, mas até eles eu perdera de vista.
– E então, o que eram aqueles dois homens lá fora? – questionei Eleanor que já estava com seu celular em mãos.
– São seguranças contratados pelo seu pai. Conversaríamos sobre isso após o brunch.
– Seguranças? – fiquei pasma. Desde quando nossa vida era tão importante assim?
– Sim. Ele nos dará mais detalhes quando chegarmos em casa.
Era só o que me faltava.
– Tudo bem. Você sabe onde está meu celular?
– Bom, creio que estava no quarto, então provavelmente você perdeu. Não se preocupe, passaremos no shopping amanhã para comprar todas as coisas novas que precisar.
Relaxei meus ombros com frustração. Não me preocupavam bens materiais, graças a Deus tínhamos condição para comprar novos, mas o contato de Justin estava naquele aparelho. Como eu avisaria que já havia deixado o hospital e perguntaria onde ele estava?
Conforme o carro se aproximava de casa, a aflição crescia, eu já podia ver toda a movimentação lá dentro. Quase deu vontade de voltar para o hospital e desfrutar de um pouco de paz. Passamos pela porta, dando de cara com Bryan falando com dois policiais. Pessoas subiam e desciam com móveis do meu quarto totalmente perdidos.
– Vocês tem certeza? Não foi o que pareceu – ele estava nervoso, coçando a cabeça.
Foi quando me viu e seu rosto se transfigurou em comoção.
– Filha! – seus braços rapidamente me envolveram com força – Tudo bem? – ele se afastou para me olhar, ansioso.
– Está sim, foi só um susto – tentei tranquiliza-lo, ele parecia transtornado.
– Já estou providenciando a arrumação do seu quarto, até terça feira nem vai parecer que aconteceu alguma coisa. Estamos ainda tentando identificar a causa do incêndio.
Assenti com calma, demonstrando que estava tudo bem. Para ele não estava.
– Você pode subir para descansar. Caleb está supervisionando de perto toda a arrumação.
– Tudo bem. Pai, que história é essa de seguranças? – falei baixo, ainda indignada.
– Conversamos sobre isso depois, tenho que terminar de conversar aqui.
– Vamos Faith, preparamos um quarto de hóspedes para você – Eleanor colocou as mãos em meus ombros, me incentivando a prosseguir.
Insatisfeita, subi as escadas, mas parei quando tive visão do meu quarto. Os arrepios que me assaltaram eram de puro medo, relembrando-me dos momentos vividos ali.
– Mãe, eu posso ficar um pouco na sala de música?
– Claro, querida, mas não quer descansar? – perguntou atenciosa.
– Não, estou bem. Aqui está muito barulhento de qualquer forma.
– Tudo bem, você precisa de alguma coisa? Preciso falar com algumas pessoas.
– Pode pedir para Caleb subir também?
Avaliando meu rosto, ela entendeu, eu não estava pronta para ficar sozinha. Pensei que se disponibilizaria para ficar comigo, mas apenas concordou com a cabeça, afagando meu rosto.
– Fique tranquila, vou chamá-lo.
Disfarcei a frustração e prossegui o caminho até o andar de cima. Queria que ela entendesse que às vezes só precisávamos do seu carinho e nada mais.
Cheguei à sala de música, deixando a porta aberta atrás de mim, mexendo minhas mãos com nervosismo. Nem cinco segundos haviam se passado e cogitei a ideia de voltar para a bagunça de pessoas, a solidão nunca me parecera tão perturbadora.
– Faith! – ouvi a voz de Caleb atrás de mim e dei um pulo de susto.
Não pude ao menos ver seu rosto, fui envolvida em seus braços, sentindo seu desespero da forma com que me apertava contra seu corpo. Ele não disse nada, a respiração forte. Não foi um bom momento para este sentimentalismo, senti minha garganta apertando, compartilhando com ele o medo da morte. Posso ter chorado baixinho, despejando toda angustia do meu coração finalmente. Com Caleb eu não precisava ser forte, não precisava fingir, eu podia ser eu mesma pelo tempo que precisasse.
Demoramos a nos soltar, e ele me olhou com os olhos transparecendo a inquietude que sentia.
-  Você está se sentindo bem?
Fiz sinal positivo, abrindo um sorrisinho.
- Pois bem, nunca mais me mate de um susto desses, eu estou avisando – falou serio.
Afirmei outra vez, embora eu não tivesse controle sobre esses eventos, acalmaria seu coração.