Leitoras com Swag

Hey garotas, beliebers ou não beliebers. Só estava faltando você aqui! Nesse blog, eu, Isabelle, faço IMAGINE BELIEBERS/ FANFICS. Desde o começo venho avisar que não terá partes hots nas Fics, em nenhuma. Repito, eu faço 'Imagine Belieber' não Imagine belieber Hot. A opinião da autora - Eu, Isabelle - não será mudada. Ficarei grata se vocês conversarem comigo e todas são bem vindas aqui no blog. Deixem o twitter pra eu poder seguir vocês e mais. Aqui a retardatice e a loucura é comum, então não liguem. Entrem e façam a festa.
" O amor não vem de beijos quentes. Nem de amassos apertados. Ele vem das pequenas e carinhosas atitudes."- Deixa Acontecer Naturalmente Facebook.
Lembrem-se disso. Boa leitura :)

Com amor, Isabelle.

segunda-feira, 21 de agosto de 2017

One Love 13

— Eu não sei do que você está falando — aleguei imediatamente, desenroscando minha bolsa e me colando em pé devagar, sem tirar os olhos de sua postura.
Maya esticou o lábio num sorriso de deboche acusatório.
— Por isso está fugindo de mim?
Coloquei a bolsa atravessada na frente do meu corpo. Seria patético usá-la como arma, mas eu o faria se precisasse. Eu não conseguira lutar contra Annelise, e não planejava deixar o fato se repetir com Maya. Invoquei todo o meu conhecimento — raso — de Krav Maga, premeditando os primeiros golpes. Sua arma de fogo não estava à vista, assim, ela levaria alguns segundos para conseguir pegá-la, o que já me deixava em vantagem.
— Você também fugiria de você mesma se pudesse se ver agora. Sei que não vai me ouvir, já está convencida dessas besteiras que está pensando — menti descaradamente.
Dessa vez ela não caiu, os olhos fervendo de ódio a motivando em dar um passo na minha direção. Recuei, separando os pés, posicionando a perna esquerda à frente.
— Para de mentir pra mim! As crianças desapareceram depois que te levei em um tour idiota pela Companhia. George quis saber se alguém diferente havia passado por lá. Eu tive que cobrir nossos rastros com alguns favores, acabei descobrindo que perguntou para Max sobre uma ala infantil. Sabe o que ele me cobrou para esquecer isso?! E depois George estava falando de você com uma das funcionárias, mandando que ela investigasse se você tinha algum envolvimento nisso. Aquilo está um inferno! E não é uma terrível coincidência! — ela fechou as mãos em punho, elevando a voz — Agora me diga, aonde eles estão?
Minha morte estava terrivelmente próxima, todas as cordas imagináveis se enrolavam em meu pescoço. A única coisa que eu podia fazer era adiar o evento. Os resultados seriam os mesmos. Hoje, amanhã, ou semana que vem.
— Maya, você não está pensando direito — levantei minhas mãos em rendição, persuasiva.
— Se você não me disser por bem, será por mal.
Maya avançou. Talvez pela aula de Krav Maga ter sido no mesmo dia, ou Maya não ter treinado especificamente para lutas corporais, tive facilidade em lhe dar um dos golpes que memorizei. Mantive os joelhos flexionados para ter mobilidade, fechei os punhos e trouxe o cotovelo direito para perto do corpo, o qual virei levemente para a direita; girei o torso até ficar de frente para ela, enrijeci o corpo e respirei regularmente, potencializando o soco. Mirei no meio da mandíbula, utilizando a forma sideswipe, atingindo-a pela lateral, forçando sua cabeça para o lado para que seu cérebro quicasse nas paredes do crânio, provocando a inconsciência. Ela caiu como um saco de batatas no chão. Simples assim. Fiquei ainda em posição de ataque por alguns segundos para garantir de que não acordaria. Depois, num impulso incontrolável, corri em direção à saída, não pensando o suficiente para procurar alguma arma nela que a colocasse em vantagem quando acordasse.
Embora minhas pernas estivessem trêmulas, fosse por esforço ou medo, encontrei um instante breve para me sentir orgulhosa de mim mesma. Tive vontade de voltar e tirar uma foto para apresentar ao meu professor, Caitlin e Ryan, o meu feito. Frágil é uma ova.
Passei atrás da máquina de validação do estacionamento ofegando. Maya não ficaria desacordada para sempre, então redobrei minhas forças, me impelindo pela rampa em direção ao fenômeno do sol largando seu turno no dia para ceder espaço à lua. Havia um ponto em frente ao shopping, e mesmo sem saber qual o destino do ônibus prestes a sair — ou se tinha dinheiro suficiente na bolsa para pagar a passagem — agitei os braços acima da cabeça, tentando dar sinal ao motorista para que parasse.
No meio da minha corrida desesperada, me sobressaltei com a manobra de um porshe preto estacionando muito próximo ao meio fio sem que desligasse o motor. A porta do carona se abriu e a voz ordenou:
— Entra!
Minha paralisia esperançosamente gelada se prolongou até que Ryan se inclinasse sobre o câmbio na minha direção.
— O que está esperando, Evans?!
Pulei para o banco instantaneamente. Ryan mal me esperou fechar a porta para cantar pneus.
— O que porra...? — ele começou a perguntar, a irritação saindo por seus poros.
Era exatamente o que se passava na minha cabeça. Eu estava duplamente fodida. 
Minha mão posicionada no meio do peito acompanhava todo o trabalho que meu corpo tinha para tentar regularizar minha respiração. Isso indicava minha proximidade com o sedentarismo, o que não era muito bom para uma pessoa efetivamente correndo da morte.
— Como conseguiu esse carro? — devolvi com minha própria dúvida. Precisava mesmo ser um Porshe preto? Ryan ainda não comprara um carro porque estava economizando para um que o agradasse, mas eu sabia que não poderia ter conseguido tanto dinheiro assim até agora.
— Nós conversamos sobre seu trabalho, não um passeio no shopping! — bradou.
— Como soube que eu estava aqui?
Ele bateu a mão no volante seguidas vezes. Estava declarado, eu preferia seu espírito despreocupado.
— Caralho, Faith.
Antes que eu o pressionasse para dar algum sentido à tudo aquilo, pensei em Rafael sozinho no shopping, e me perguntei se Maya seria capaz de lhe fazer algum mal.
— Precisamos conversar — Ryan disse incisivo.
como precisávamos.
Disquei o número de Hazel, colocando o celular na orelha. No terceiro toque, ela atendeu doce como um limão.
— Me passa o número de Rafael, por favor? — esforcei-me para ser educada, e mesmo assim, pareci forçada.
— Você não deveria estar com ele? Já deu um jeito de estragar tudo?
Apertei a ponte do nariz, engolindo a vontade de mandá-la para a casa do caralho.
— Nos perdemos. Você tem o número ou não?
Hazel resmungou alguma coisa que fiz questão de não ouvir, e me disse que passaria por mensagem. Sem uma despedida — a qual eu já não esperava — desligou. A que ponto eu cheguei para suportar gente como ela? Mais um ponto positivo de ir para Boston e me livrar desse estrume.
Por estar interessada nos frutos dessa relação, Hazel me enviou o número imediatamente. Assim, mandei uma mensagem explicativa para Rafael. Inventei a desculpa de que uma amiga estava passando mal e tive que correr para ajudar. Não podia ser inteiramente mentira, para todos os efeitos, Maya era minha amiga, e não parecia mesmo estar bem.
— Tenho sua atenção agora? — Ryan perguntou impaciente.
— E você vai me responder?
O carro fez uma curva brusca, me jogando contra a porta.
— Coloque o cinto!
Lhe olhei exasperada enquanto obedecia o comando. Não para ser submissa à sua ordem, apenas porque eu precisava me manter viva um pouco mais. 
— Caramba, o que há com você hoje?!
— Era a assistente de George atrás de você, não era?
Triplamente fodida.
Quanto eu podia dizer sem me comprometer? Ryan me mataria se descobrisse minha verdadeira motivação em mudar para Minneapolis. Decidi protelar.
— Como sabia onde me encontrar, Ryan? E que carro é esse?
Ele respirou fundo, misturando o ato com um arfar ruidoso.
— Aluguei um carro e Caitlin me contou. Satisfeita?
Atentei-me ao seu rosto, pronta para identificar emoções submergidas.
— Não contei para Caitlin que estaria no shopping.
Seu maxilar travou. Eu o pegara na mentira.
Semicerrei os olhos.
— Por que está mentindo para mim, Butler?
— Agora você quer falar de mentiras? Você que começou primeiro.
Quadruplamente fodida.
Cogitei a quais mentiras ele se referia. Ryan não podia ter descoberto tudo. Eu estava sendo bastante cuidadosa. Pelo menos pensava que sim. Não devia ser nada demais. Eu apenas acabaria me entregando se entrasse em desespero. Desviei os olhos para a rua, e assim me atentei às placas. Nos distanciávamos cada vez mais do centro.
— Aonde estamos indo?
Ele não me respondeu, pegou uma estrada solitária à esquerda, quase deslocada demais para estar ali. Árvores altas nos ladearam, abrindo um túnel interminável; a proximidade do verão deixava os galhos cheios de folhas vivas, e eu tinha certeza que aquela vista era muito bonita pela manhã. No momento, entretanto, me dava certa inquietação.
— Ryan!
— Para uma cabana! Não vamos voltar para o apartamento. Não é seguro.
Meu queixo caiu.
— E minhas coisas? Que cabana é essa?
As rugas na testa de Ryan se aprofundaram. Ele olhou pelo retrovisor ao dizer baixo:
— Às vezes eu mesmo quero te dar um tiro na testa.
Indignei-me, cruzando os braços. Preferia ardentemente ter conseguido pegar aquele ônibus sabe-se-lá-para-onde. Sempre vi Ryan com um espírito muito tranquilo para considerá-lo como parte da Companhia Bieber, ele não se enquadrava nas características tenebrosas que os outros possuíam, nem mesmo com Justin eu podia assimilá-lo. Contudo, sua atitude atual confrontava meus pensamentos, eu conseguia distinguir as semelhanças claramente agora. Manipuladores, controladores, obsessivos, egocêntricos e mesquinhos.
— Eu não vou a lugar algum com você. Pare o carro — exigi devagar.
Seus olhos azuis queimaram em minha direção.
— Faith, Caitlin já está lá, e sozinha, não temos tempo para uma discussão. A não ser que você queira brigar durante meia hora e deixá-la assustada no meio do nada.
 Ofendi-o mentalmente por aquele golpe baixo, e cedi de forma tácita. Eu iria com ele até onde Caitlin estava, depois daria meus pulos para voltar ao centro e partiria para Boston às onze da noite. Não havia uma alma viva capaz de me fazer mudar de ideia. Então, fiz voto de silêncio até chegarmos ao nosso destino, e Ryan parecia ter feito o mesmo. A tensão no ar carregava todas as mentiras existentes entre nós, prestes a desabar em nossas cabeças.
O percurso prosseguiu por mais vinte minutos, a paisagem se tornava cada vez mais verde e marrom. Eu não via como aquilo podia ajudar. Um lugar isolado era perfeito para a realização de um crime. Annelise me receberia em uma bandeja de prata. Conforme a escuridão da noite caía sobre nós, a estrada se tornava mais sinuosa, sem pavimentação, visível apenas pelos faróis do carro, serpentava pelas árvores antigas cada vez mais próximas. Pensei que o caminho terminaria e seríamos engolidos pela floresta quando enxerguei a pequena clareira à frente. A iluminação ganhou reforço com o brilho emanando das janelas da cabana. Imaginei que fosse recém construída ou recebera uma reforma recentemente, a madeira de sustentação não me parecia tão velha quanto o esperado.
Ryan parou o carro na frente da porta, e eu desci pisando fundo, ultrapassei os três degraus da varanda em um segundo. Tentei abrir o trinco da porta, e não obtive êxito. Depois de colocar a cara na janela entre as cortinas, Caitlin abriu. Eu entrei como um furacão, meus pés faziam barulho no piso laminado, e parei no meio da sala que portava um sofá de couro preto e a mesa de centro. Pinturas de paisagens naturais se intercalavam nas paredes, e a lareira rústica de tijolos avermelhados estava apagada.
— Se vocês não chegassem em cinco minutos eu ficaria louca — Caitlin suspirou aliviada.
Virei-me para encarar Ryan. Ele fechou a porta atrás de si, carrancudo.
— Você tem exatamente duas horas para me convencer a não ir para Boston. Acrescente a isso algumas explicações.
Ele negou com a cabeça, apontando um dedo na minha cara.
— Primeiro você tem que me contar o que fazia na Companhia sábado de manhã! O que você está bebendo, Faith Evans?!
Elevei meu queixo, fazendo o possível para não derrubar minha dignidade. Se ele sabia disso, o que mais podia saber? E se sabia, andava me espionando?
— Eu estava sendo útil! E como você também sabe disso?!
— Um passarinho verde me contou!
Fuzilei-o com os olhos pelo deboche desnecessário, e então, Caitlin entrou no meio, literalmente, as mãos estendidas como se apartasse uma briga.
— Vocês dois podem parar com isso? Primeiro de tudo, abaixem o tom de voz, respirem fundo, e alguém me explica o que está acontecendo.
— Ele está me escondendo coisas. Odeio mistérios — disse eu, cheia de razão e fúria.
Ryan bufou.
— Olha quem diz! A garota que nos passou a perna por cinco meses! Eu sei que não viemos justo para Minneapolis por um capricho do destino.
Quintuplamente fodida.
Caitlin se virou para mim.
— Faith, do que ele está falando?
— Conte pra ela no que você tem gastado suas energias além de encher o rabo de bebida!
Ele sabia. Apenas queria que eu confessasse de uma vez. Minhas mentiras resolveram cair por terra no mesmo dia. Coincidência? De qualquer forma, não adiantava mais negar. Não para eles.
— Eu estava procurando os irmãos de Justin, ok?! — despejei de uma vez — E agora não vai resolver nada porque até mesmo George os perdeu de vista! Pensei que eles estavam aqui, mas descobri que estão em Boston! Então tenho que voltar imediatamente para encontrá-los! É minha responsabilidade fazer isso! Eu devo ao Justin.
Ryan e Caitlin eram as pessoas em quem eu mais confiava ultimamente, portanto, dizer aquilo, finalmente, foi como tirar um peso enorme de minhas costas. Não percebia que me incomodava em omitir até jogar tudo na mesa. Mesmo que isso me deixasse mais fodida do que uma prostituta.
Esperei o veredicto.
— Irmãos? — Caitlin perguntou baixinho.
Ryan desviou o rosto, amenizando a expressão.
— Nós não vamos voltar para Boston — ele disse firme.
Discordei.
— Você não está entendendo. Eu vou voltar. Só quis informar vocês porquê da última vez que fugi não deu muito certo — despropositalmente, finalizei a sentença com menos força do que planejava.
— Você disse que eu podia te convencer do contrário, e eu tenho um plano. Ouça — pediu quando fiz menção de interromper — Annelise está sendo distraída nesse exato momento para que pudéssemos te trazer aqui. Vamos conseguir arrancar dela o nome do contratante e dar um jeito nele de uma vez por todas. Ela não tem como te incriminar de alguma coisa, Faith, só tem teorias loucas que até mesmo George dúvida. E então, quando dermos um jeito nisso, você pode sair daqui. Pode voltar para Boston se quiser, ou qualquer outro lugar. Ela nunca mais vai te perturbar, nem ninguém da Companhia Bieber.
Dei um passo para trás, ainda sem me convencer.
— Distraída? Agora você sabe que não quero ir para Boston só para fugir de Annelise. Tenho que encontrar... — minha boca se fechou enquanto meu cérebro trabalhava. Eu tinha que encontrar quatro crianças, todas desaparecidas no sábado, aparentemente. Maxon e Yasmin, Jaxon e Jazmyn. Várias teorias de conspiração ocuparam todo o espaço disponível em meus neurônios. Por suspeitar do meu envolvimento, George podia ter sequestrado Maxon e Yasmin ao saber do sumiço de seus netos para usá-los contra mim. Ou então.... Quão ridículo era os nomes serem tão parecidos? No material conseguido ano passado — que eu não sabia onde fora parar —, constava que Jaxon tinha sete anos e Jazmyn nove. Yasmin e Maxon não podiam ser muito mais velhos do que isso. 
Recusei-me a concluir o pensamento, essa era a hipótese mais absurda que eu já criara. Uma simples ilusão otimista demais para que eu resolvesse dois problemas com apenas uma solução. Hipótese esta que me dava embrulhos no estômago só de pensar. Se assim fosse, Justin e eu convivemos com eles o tempo todo, principalmente eu. E era impossível esquecer o quanto Maxon havia se dado bem com Justin, de forma que até lhe enviasse um desenho através de mim. Esforçando-me, eu até podia listar algumas semelhanças físicas entre eles.
Parei por aí, evitando que entrasse em colapso.
—... Você me ouviu? — Ryan passou a mão na frente do meu rosto.
Pisquei, voltando ao momento presente. Caitlin permanecia com a expressão de espanto, e não pude deixar de fora o quanto era estranho Ryan saber de Jaxon e Jazmyn. Pelo que eu sabia, Justin apenas compartilhara comigo esse segredo. Como ele estava descobrindo todas essas coisas de repente?
— O que disse?
— Você não precisa voltar pra lá, porque fui eu que os peguei. 

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